quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Vereadora do PCdoB leva à Câmara terceirização do Hospital Regional de Patos e se posiciona contra decisão do governo

Durante a Sessão desta terça-feira, (19), na Câmara Juvenal Lúcio de Sousa, a vereadora Lucinha Peixoto levou a tribuna, a terceirização do Hospital Regional de Patos.
 
A decisão de terceirizar o HRP foi publicada no diário Oficial do último domingo, (17), onde o Governador Ricardo Coutinho convocou em edital, empresas para em parceria com o Estado, gerenciar o Hospital Regional Deputado Janduhy Carneiro.
 
Segundo a vereadora, a decisão do governador é preocupante e pode afetar ainda mais a questão da saúde na cidade de Patos, que já anda bastante debilitada: “Sabemos que quando existe isso, tem laranjas, pessoas indicadas para assumir e ganhar essa licitação. Já vivemos uma situação parecida e que não deu certo com a Maternidade Peregrino Filho. Mudou-se de firma, ainda hoje tem funcionário esperando receber os seus direitos trabalhistas da primeira empresa que gerenciou aquela unidade de saúde. E agora? Quanto custará essas despesas? Como será essa situação?”, questionou.
 
Lucinha disse ainda que o Governo do Estado ignorou o pedido dos médicos da cidade de Patos , no início do governo, para gerenciar o HRP: “Os médicos de nossa cidade imploraram praticamente para resolver a situação do Janduhy Carneiro, mas o governo não deixou, fez e aconteceu e quem chegasse de fora é quem mandava”, disse.
 
O vereador Inácio de Gelo aparteou a colega e concordou com as colocações de Lucinha: “Sempre defendemos que o hospital fosse administrado por pessoas de Patos, que conhecem de fato os problemas dali. Mas essa decisão configura uma confissão do governador, onde nos estávamos certos, que pessoas colocadas por ele não souberam administrar o HRP e ele agora está repassando para um serviço terceirizado e isso é a pior coisa que pode acontecer no serviço público”, falou.
 
Já o vereador Fernando Jucá disse que essa terceirização já era previsível: “Acho que essa medida já era esperada. O governador acaba de assinar um estado de incompetência, não só dele, mas das pessoas que ele tem como de confiança para gerir a saúde de nosso estado. Muitas e muitas pessoas poderiam ter mudado a história do hospital nos últimos três anos, mas o governador simplesmente ignorou essas pessoas já que botou na cabeça que o hospital de Patos é político e politizado”, acrescentou Jucá.
 
Lucinha ainda lembrou os vários funcionários que foram demitidos pela empresa que na época gerenciava a Maternidade Peregrino Filho: “Foram tiradas 27 enfermeiras experientes, capacitadas, que muito fizeram por vários pacientes, mas que perderam seus empregos sem nem saber o porquê”, concluiu.
 
A 'terceirização' da saúde na Paraíba teve início no primeiro ano do governo de Ricardo Coutinho com a contratação da Cruz Vermelha para administrar o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Na época, o Ministério Público do Trabalho ingressou com ação pedindo a anulação do contrato de gestão, porém, o TER decidiu que não era de sua competência julgar o caso.
 
Ainda foi divulgado no Diário Oficial de domingo outro edital de convocação para Gestão Pactuada entre o Governo do Estado e uma Organização Social para o Gerenciamento da Maternidade Peregrino Filho. O órgão já vem sendo gerenciado por empresa terceirizada desde 2012. 
 
maispatos.com 


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