Nota de Repúdio à violência no IEP
As coisas mudaram, a ditadura ruiu e a Liberdade voltou a fazer parte do quotidiano do país. Ao menos na aparência. Isso porque os estudantes do Instituto Educacional da Paraíba (IEP) sentiram literalmente na pele os resquícios de ditadura: hematomas, olhos ardidos, costelas quebradas e até um aborto causados por violência policial reiteram dolorosamente essa verdade.
No IEP, na segunda-feira do dia 5 deste mês, a Tropa de Choque da Polícia Militar reprimiu violentamente a manifestação pacífica dos estudantes, que estavam armados apenas de livros e cartazes com dizeres de protesto, contra a impugnação da eleição para diretor na qual democraticamente a vontade estudantil prevaleceu. A violência foi tanta que uma garota “perdeu o bebê”.
Repudiamos a vergonhosa ação da polícia tanto quanto a incapacidade da autoridade mandante, seja o coronel ou o próprio governador, em dialogar e o primitivismo de resolver a peleja no braço. Somos solidários a causa dos alunos e declaramos — sem medo de represálias — que se eles protestam, se tomam as ruas, estamos e estaremos sempre lado a lado.
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