Audiência na Casa de Napoleão

A casa de Napoleão Laureano, Câmara dos Vereadores, abrigou na tarde desta quinta-feira (7) uma audiência pública para debater o aumento da tarifa de ônibus coletivo e a gratuidade estudantil nos transportes deste tipo.

Marília França, presidenta da Associação dos Estudantes Secundaristas da Paraíba (AESP), além de atacar o aumento abusivo e supra-inflacionário da tarifa nos transportes coletivos, defendeu para o futuro do país a reserva de 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a Educação e, no presente, o investimento mínimo de 10% de toda a riqueza produzida nacionalmente para o mesmo setor. Ao usar a tribuna, a presidenta que é militante da UJS-PB, aproveitou a oportunidade para manifestar seu repúdio à repressão policial em manifestação pacífica pelos alunos do Instituto Educacional Paraibano que, segundo ela, “é a prova da existência de resquícios da ditadura militar”.

Tourinho Matemático

         Em meio ao evento, ou melhor, na intervenção de Mário de Almeida Tourinho, rico empresário dos transportes  e diretor executivo da AETC-JP em João Pessoa, chegamos a conclusões interessantes — engraçadas, para ser mais preciso — que decidimos compartilhar com o leitor:

         Desconfiamos que Mário tourinho tenha sido professor de Matemática. Se foi, não era dos bons e não recomendamos seus serviços didáticos, uma vez que tentou explicar com um cálculo pela metade a receita mensal da Associação dos Empresários de Transportes Coletivos Urbanos de R$ 14 milhões e justificar o aumento do valor da passagem; nem soube fazer a conta nem convenceu! Ou então, era jogador de Futebol, outra vez que se achou capaz de driblar a inteligência dos estudantes, afirmando que 'as deficiências e injustiças do Sistema de Transportes eram culpa exclusiva do Estado por onerá-los grandemente e não gerir bem a rede viária'; mais uma vez não convenceu! Era tudo “conversa mole para boi dormir”, ou como talvez dissesse a professora de redação, “isso é colóquio flácido para acalentar bovino”!

          Aos legisladores, empresários, estudantes e toda a população deixamos aqui nosso recado: não desistimos e chegará o dia que encheremos as ruas de João Pessoa com milhares de estudantes a cantar em uníssono que “o dinheiro do meu pai não é capim/ eu quero passe-livre, SIM”.