Agitação no Liceu Paraibano
Depois da Greve dos Professores que contou com apoio do Grêmio do Estudantil do Liceu Paraibano (GELP), a estudantada do Liceu — maior colégio da Paraíba — saiu novamente às ruas e, ao som de apitos e palavras de ordem, defenderam a democracia em sua escola. Quem passasse pela Praça dos Três Poderes (nos dias 9 e 10), tomada pela irreverência estudantil, ouviria frases de protesto como: “MINHA ESCOLA SEM DITADOR | QUERO ELEGER MEU DIRETOR”.
O estopim para a manifestação estudantil da última sexta-feira (10 de junho) foi a decisão do governador do estado, Ricardo Coutinho (PSB), de afastar o diretor do Liceu Paraibano, Abraão Alves, de suas funções, alegando que o processo eleitoral do colégio foi viciado e, por conseguinte, uma fraude — hipótese ainda não esclarecida. O interessante é que supostamente a mesma irregularidade se deu no Instituto de Educação da Paraíba (IEP).
Foi aí que o governador, como se diz por aqui, “pegou em bomba”! Ricardo Coutinho se esqueceu na hora de avaliar o impacto de sua decisão que o maior colégio do estado elegeu seu diretor com mais 90% dos votos — uma votação e tanto. De imediato uma onda de indignação tomou os estudantes que, liderados pelo Grêmio Estudantil do Liceu Paraibano (GELP), marcharam em direção a Praça dos Três Poderes e fizeram das ruas da capital o cenário ideal para o protesto que foi destaque em todos os telejornais do estado.
Em entrevista as TVs locais, o jovem socialista Mailson Lima (UJS-PB), vice-presidente do GELP, revelou que "não se trata apenas de defender um bom gestor por si só, mas um processo democrático que confereriu ao atual diretor legitimidade incontestável. E quem danado vai contestar a legitimidade expressa na vontade 90% da comunidade escolar?
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