O debate “Pré- Sal: Uma nova riqueza para um novo Brasil”, tema de uma das principais bandeiras nacionais da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) deu início aos trabalhos do 2º Encontro Nacional de Grêmios da entidade na manhã do último sábado (19), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os cerca de mil e duzentos estudantes ocuparam o auditório Profº Newton da Silva Maia, colocando em pauta a função e importância do petróleo, assunto de destaque no movimento secundarista.
Na mesa estiveram presentes personalidades ligadas ao tema que tem mobilizado todo o país, principalmente a juventude que conquistou após muita pressão a sanção da Presidenta Dilma Roussef em novembro de 2012 ao aprovar o projeto de lei que destinará 100% dos royalties futuros e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para Educação.
Ao lado da presidenta da UBES, Manuela Braga, esteve Fernando Siqueira, vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet); Natália Alves, da Coordenação Nacional da Juventude Rebelião, senador Inácio Arruda, autoria da emenda ao texto PLC 7/10 que criou o Fundo Social do Pré-Sal; Leopoldo Vieira, acessor especial da Secretaria Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e Isadora Faber, secundarista catarinense que mobilizou mudanças em sua escola com a página “Diário de Classe” do facebook. Na plateia, além de lideranças estudantis de todos os estado brasileiros, também estiveram estudantes da Argentina e do Console, representando o movimento secundarista chileno e a vice-presidenta da Unegro, Estela Maris.
O debate que abriu o segundo dia de atividades do 2º ENG reafirmou o posicionamento e engajamento da juventude quanto a emergência da pauta; segundo Fernando Siqueira que traçou um panorama geral do assunto, o Brasil sofre com a ameaça dos leilões de petróleo: “A curva da produção mundial aponta redução da produção de barris por dia, e sendo o Brasil autossuficiente, então para que leiloar?”, completou Siqueira apresentando todo processo ligado à extração e destinação em completo resgate histórico da riqueza natural.
O senador Inácio Arrruda relembrou o papel significativo do movimento estudantil para colocar em discussão os projetos do petróleo, fonte mais eficiente de energia existente, que segundo ele, vive um processo democrático positivo para os movimentos sociais: “O petróleo foi conquistado por forças nacionalistas onde os estudantes tiveram papel fundamental, este é o momento de impulsionarmos a nossa nação com projetos de desenvolvimento próprio e ousado, usando nossas riquezas naturais para garantir educação, saúde e piso salarial para os trabalhadores”, afirmou.
Para o Leopoldo Vieira, o 2º ENG da UBES reflete a importância do movimento secundarista que se mobiliza em defesa da bandeira de luta entorno do investimento das riquezas extraídas do petróleo: “Assegurar uma educação pública e universal é a opção política de fundo, os royalties são necessários para socializar o desenvolvimento e é esse sentimento que faz com que o estudante vá ao grêmio, serve para compreender a força do movimento e vá às ruas”, defendeu.
PETRÓLEO, MARCA DOS SECUNDARISTAS
A defesa do petróleo como importante riqueza natural do país e fonte de desenvolvimento tem suas raízes consolidadas desde 1953 quando conquistada a criação da Petrobrás em resultado de um forte movimento de nacionalização encabeçado pela UBES.
No 2º ENG, a mesma juventude que puxou o grito “O Petróleo é nosso”, hoje, após exatos 60 anos, retoma com a mesma efervescência a luta desta riqueza nacional pela garantia das reservas do país pelos 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal em um cenário em que a educação pública e de qualidade se apresenta como principal prioridade, reconhecendo os royalties petrolíferos como oportunidade única que marcará diretamente a qualidade de vida das gerações futuras.
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