quinta-feira, 30 de agosto de 2012

UJS, LULA E MOVIMENTOS SOCIAIS DISCUTEM INTEGRAÇÃO LATINA




Na manhã desta terça (28), a UJS participou do Encontro com Movimentos Sociais “Desafios e perspectivas da integração latino-americana”, realizado pelo Instituto Lula, em São Paulo.

O ex-presidente Lula e representantes de 36 movimentos populares utilizaram o encontro para discutir sobre o desenvolvimento que os países adquirem através de suas relações com os demais da América Latina e a importâncias que os movimentos da sociedade civil desempenham nestas relações.

“O objetivo central deste encontro foi estudar formas de “garantir a participação de movimentos sociais e da sociedade civil, como um todo, nesse processo e evitar que a integração da América Latina ocorra apenas entre empresas e Estados da região”., declarou Luiz Dulci, diretor do Instituto Lula.

Marco Aurélio, assessor especial internacional da Presidência da República, pontuou aspectos da política externa brasileira com a América Latina e reforçou que embora o Brasil seja um país democrático, a desigualdade social ainda é predominante. Para Aurélio, as deficiências na saúde, na educação e na violência (em especial as que atinge populações mais pobres) são fatores que contribuem com a desigualdade.

Para o assessor, “Lula foi o responsável pela grande transformação pela qual passou o Brasil e sua política externa nos últimos anos”, e temos a necessidade de reduzir a desigualdade: “Eu não posso viver bem na minha rua se meus vizinhos são pobres, miseráveis. Temos de construir uma comunidade de bem-estar”.

Em seguida, o presidente Lula fez seu pronunciamento. O líder citou a necessidade que romper as diferenças existentes entre os latinos. “Ao longo da história, aprendemos a odiar nossos irmãos latino-americanos. É hora de por fim a essa mentira e nos unirmos”. Na sequência, Lula abriu a mesa de debate para os representantes manifestarem suas ideias.

André Tokarski, presidende da UJS, citou que os panoramas históricos fizeram com que o Brasil sempre estivesse paralelo à América Latina. “Desde a guerra do Paraguai e durante todo o século XX foram muito incipientes as iniciativas de integração latino-americanas. Atualmente as relações latinas estão mais estreitas, como é o caso dos apoios do Brasil e dos outros países a Lugo, Chávez, Correa, e tantos outros. Um aspecto em comum que une estes países e integra nós (do movimento social) é a democracia”.

A diretora da ONG “Fase e Secretária Executiva da Rede Brasileira pela Integração dos Povos” (Rebrip), Fátima Mello, fez elogios da iniciativa do governo Lula em estabelecer diálogo com os movimentos sociais. Fátima sugeriu ainda que o espaço cedido se tornasse institucionalizado, para que novos encontros ocorressem permanentemente.

A reunião estendeu por quatro horas. Daniel Iliescu, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), entre suas declarações, resumiu a importância do ato. ‘’ O encontro conseguiu refletir a visão cada vez mais clara da necessidade da integração da América Latina, não só das economias, mas dos povos, das instituições, das diferentes culturas e de todo conhecimento produzido’’.

No término, Lula fez mais um pronunciamento, que durou cerca de 30 minutos. No discurso, ele pontuou como prioridade “ter exatamente na cabeça o que queremos dessa integração, para balizar as ações futuras, sem abrir mão das outras lutas”. O ex-presidente ressaltou ainda que só a integração latina só será possível se houver a participação de instituições multilaterais fortes e “paciência” para tratar as desigualdades, já que cada país tem suas particularidades.

Por fim, Lula citou que novas reuniões deste caráter deverão ocorrer, e vão gerar documentos, para que os demais países da América Latina também participem e tragam suas propostas para a integração. “Precisamos criar, com muita paciência, um marco regulatório da integração”, finalizou.

Redação com agências

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