quarta-feira, 27 de junho de 2012

Estudantes ocupam Brasília para reivindicar melhorias na educação



Desde às 9h da manhã desta terça-feira (26), Brasília está ocupada por centenas de alunos, representantes de 44 DCEs (Diretório Central de Estudantes) de universidades de todo o país.
Reunidos pela UNE (União Nacional dos Estudantes), estes estudantes se mobilizam em apoio à greve dos professores e funcionários das instituições federais; que desde o dia 17 de maio, paralisaram suas atividades para reivindicar pela reestruturação do plano de carreira, melhorias na infraestrutura das instituições e melhores condições de trabalho.

O protesto iniciou em frente à Biblioteca Nacional, e seguiu em marcha até o Ministério da Educação, onde desejam ser recebidos pelo ministro Aluisio Mercadante, e entregar a ele um relatório minucioso sobre a real situação e as principais necessidades de melhorias de cada uma dessas 44 universidades presentes na manifestação.

Entre as propostas, os estudantes reivindicam que seja feita uma ampliação da assistência estudantil, melhorias da estrutura das universidades, creches, moradias, bolsas e outras formas de auxílio para garantir a permanência dos alunos e a qualidade nas instituições de ensino superior, além da criação de mais restaurantes universitários.

“O que os estudantes querem é um novo ciclo de investimentos para a universidade brasileira, de forma a promover uma verdadeira reforma universitária, para que essas instituições estejam mais qualificadas, democráticas e prontas para receber o povo brasileiro”, explica o presidente da UNE, Daniel Iliescu.

Além dessas propostas, a UNE também é defensora do investimento de 10% do PIB na educação. Essa meta ainda não foi alcançada, mas com a pressão de diversos movimentos sociais, a Câmara dos deputados já aprovou 8%, e hoje (26), a proposta será votada no Senado. A UNE considera que esse valor está abaixo do essencial para suprir todas as deficiências que o ensino público brasileiro carece, insuficientes também para garantir a igualdade de condições aos indivíduos e a valorização da educação.

A marcha dos estudantes também conta com o apoio da Andes (Associação Nacional dos Docentes no Ensino Superior), Proifes (Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior), Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras), Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino), Cnte (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Campanha Nacional Pelo Direito a Educação, MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), e também com a UJS, que está sempre em defesa da igualdade e das melhorias na educação do nosso país.

Fonte: ASCOM

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