Mulheres protestam contra a economia verde, tema em discussão na Rio 20, e também contra a exploração feminina e a lógica do capitalismo.
Milhares de pessoas, na maioria mulheres, se reuniram no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), localizado no Parque do Flamengo, em um protesto contra a economia verde (e sim pela “economia solidária e feminista”), tema em discussão na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e também contra a exploração feminina e a lógica do capitalismo. Outro grupo de manifestantes saiu do Sambódromo em direção ao centro. A chegada da passeata das mulheres tumultuou o já complicado trânsito nas principais vias da cidade, atrasando a chegada de muitas pessoas ao trabalho, mas, por volta das 15h10, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) registratava tráfego sem retenções.
Com o apoio de vários movimentos sociais do país, as manifestantes percorreram a avenida Rio Branco, uma das principais vias do centro da capital fluminense, até chegar ao Parque do Flamengo, local onde ocorre a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20. A Polícia Militar (PM) e a Guarda Municipal, além do Grupamento Aeromarítimo da PM, acompanharam de perto toda a movimentação. Nenhum incidente foi registrado até o momento.
“Viemos pelo direito à natureza e o direito a nossos corpos”, disse à agência EFE a colombiana. Catalina Rebollo, da Compañía de Teatro Flor de la Tierra Lilas e ativista feminista. Catalina, que estava acompanhada de 10 pessoas, todas fantasiadas de panteras, disse que o que chamou “sociedade capitalista-consumista” faz com que “a mulher acabe sendo uma mercadoria”.
Os dois grupos de manifestantes, que devem se juntar na região central da cidade, levam cartazes nas quais se leem mensagens como “Salário igual para trabalho igual”, “Não ao patriarcado nem à economia verde” e “Sim à economia solidária e feminista”. A economia verde é um dos eixos da Rio+20, mas os movimentos sociais que participam da Cúpula dos Povos rejeitam a iniciativa por considerarem que conduz à “mercantilização da natureza”.
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